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Por que a IA Ainda Não Pode Substituir a Adaptabilidade Humana?

Por Diogo Ferreira



No cenário atual, onde a inteligência artificial (IA) tem mostrado avanços significativos, permanece um debate acalorado sobre suas capacidades e limitações, especialmente em relação à adaptabilidade em novas situações. Um estudo publicado na Harvard Business Review, conduzido por Julian De Freitas e sua equipe, detalhado no artigo “How Humans Outshine AI in Adapting to Change” lança luz sobre essas limitações, colocando humanos e máquinas frente a frente em um jogo de vídeo para estudar os limites atuais da IA.


A pesquisa de De Freitas revela que, embora a IA possa especializar-se em tarefas específicas e às vezes exibir capacidades quase sobre-humanas em domínios confinados, a adaptabilidade humana — a capacidade de se auto-orientar instantaneamente em novos ambientes — permanece inatingível para a IA atualmente. Este achado é particularmente relevante para a aplicação da IA em campos dinâmicos e em constante mudança, como o da liderança e gestão.


No meu novo curso, Liderança 4.0: Competências Gerenciais na Era da Inteligência Artificial, sugiro que uma das novas competências gerenciais é justamente a adaptabilidade. Essa pesquisa enfatiza sua importância como uma competência gerencial crítica. À medida que navegamos por um ambiente de transformação digital, os líderes são desafiados não apenas a implementar soluções de IA, mas também a complementar essas tecnologias com a perspicácia humana que permite a adaptação a novas situações e a solução de problemas inéditos.

A limitação da IA em se adaptar a ambientes mutáveis sublinha a necessidade de líderes que possam reconhecer quando e como implantar esses sistemas de maneira eficaz. De acordo com De Freitas, a verdadeira maestria em liderança na era digital envolve o discernimento para saber quando confiar na automação e quando priorizar o julgamento humano e a adaptabilidade.


Assim, o curso Liderança 4.0 não apenas prepara líderes para a implementação estratégica da IA, mas também enfatiza o desenvolvimento de competências gerenciais que garantem a eficácia em um mundo em que as máquinas, por mais avançadas que sejam, ainda dependem da orientação humana para enfrentar o inesperado. Ao cultivar líderes adaptáveis e versáteis, estamos não apenas otimizando o uso da tecnologia, mas assegurando que nossa abordagem humana à resolução de problemas e inovação continue no coração da liderança eficaz.


Aprofundar-se neste tema não apenas prepara os líderes para o futuro, mas também os posiciona na vanguarda de um mundo onde a colaboração entre humanos e máquinas define o novo paradigma de eficiência e inovação. O curso, que será lançado em breve no Conselho Nacional de Justiça, se propõe a ser um farol nessa jornada, equipando os líderes com as ferramentas necessárias para navegar o complexo interstício da liderança na era digital.


Referências:


De Freitas, Julian; Uğuralp, Ahmet Kaan; Oğuz-Uğuralp, Zeliha; Paul, L. A.; Tenenbaum, Joshua; Ullman, Tomer D. Self-Orienting in Human and Machine Learning. Nature Human Behaviour, [s.l.], 2023. Disponível em: https://www.hbs.edu/faculty/Pages/item.aspx?num=64429. Acesso em: [27/03/2024].

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